Dedo Podre
- Anibal Henrique Marcondes
- 26 de nov. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 13 de dez. de 2024

Muitas pessoas sofrem por causa do "dedo podre", com um grande medo de serem abandonadas. Sempre se apaixonam intensamente, ou se veem muito apegadas e emocionalmente dependentes de pessoas que são instáveis, que sempre ameaçam ir embora, ficam presas no "vai e volta". Ou acabam tendo diversos relacionamentos, e sempre acabam sozinhas porque o outro termina e vai embora, ou simplesmente abandona a relação (o famoso ghosting).
Algumas pessoas são o contrário, preferem ficar sozinhas, porque sabem que se correrem atrás de alguém, vão se machucar e sofrer com rejeição e abandono.
Não são poucas as pessoas que convivem com esses medos, receios e frustrações. São pessoas que passaram por momentos em que se sentiram abandonadas, ou foram literalmente abandonadas na infância ou na adolescência - os pais eram ocupados demais, ausentes, ou acabaram perdendo os pais (por diversos motivos), por exemplo. Ou a vida afetiva foi muito instável - não sabia quando receberia mais um abraço do pai ou da mãe, não sabia quando poderia ver os pais novamente, sempre na dúvida se estariam presentes ou não.
A solução para esse medo de abandono varia de pessoa para pessoa, mas, no geral, o primeiro passo é entender melhor suas necessidades e seus desejos, em seguida, aprender mais sobre sua própria personalidade e suas dificuldades, além de aprender a se comunicar melhor nos relacionamentos.
A terapia em si ajuda muito, porque a pessoa pode realmente confiar que o terapeuta não irá abandoná-la. Ela aprenderá quais tipos de situações deve evitar e quais deve buscar, para se recuperar dos traumas de abandono, aprenderá como controlar alguns impulsos que podem prejudicar as relações (ciúme ou controle excessivo, preocupação excessiva, por exemplo), e aprenderá a ver em que tipo de pessoas pode confiar mais para ter relacionamentos e amizades mais saudáveis e estáveis.